31/05/2021

Os protestos deste sábado (29) contra Jair Bolsonaro abrem mais uma fissura no dique do Planalto, já bastante abalado por uma sucessão de problemas puxada pela CPI da Covid. Afinal de contas, não se via gente na rua de forma tão notável contra o mandatário desde meados de 2020, no auge do ensaio de crise institucional promovida pelo presidente, só arrefecida com a prisão do amigão Fabrício Queiroz em junho daquele ano.

Desde então, apenas bolsonaristas davam as caras de forma mais assertiva, como os protestos motociclísticos e as aglomerações incentivadas por Bolsonaro nas últimas semanas deixaram mais claro.

Isso dito, os atos foram inequívocas expressões da estratégia de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visando 2022, a despeito da óbvia justificativa da pauta em questão. Isso é significativo do momento político, mas limita naturalmente o efeito de longo prazo dos protestos.

Que há muita gente irritada com a condução do país sob a pandemia por Bolsonaro, os 54% de rejeição apontados pelo Datafolha deixam claro.

Rede Brasil Atual; 26/05
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