11/05/2016

Duas novas rodadas de negociação devem ocorrer nos dias 09 e 10, respectivamente, com os sindicatos patronais do ensino superior (Semesp) e da educação básica (Sieeesp).

As reuniões foram marcadas uma semana depois de a assembleia dos professores ter autorizado o Sinpro Santos a pedir mediação na Justiça do Trabalho, como mais uma alternativa para resolver a questão salarial dos professores.

Assim, a Campanha Salarial se desdobra em duas frentes. No campo jurídico, os advogados  já começaram a preparar a ação no Tribunal Regional do Trabalho. No campo político, mais uma tentativa de negociação direta com os patrões.

As duas frentes têm o mesmo objetivo: buscar uma solução para o reajuste salarial dos professores. Num certo sentido, o recurso ao TRT já atendeu a uma das expectativas dos professores que estiveram na assembleia do dia 30/04: ser também um meio de pressão para exigir maior seriedade dos patrões na negociações.

Propostas

Nos três segmentos – educação básica, ensino superior e Sesi/Senai – os patrões propõem pagar o reajuste em duas parcelas, a primeira delas de 7% em março (5,5% no Sesi/Senai). O maior problema é saber quem vai pagar a conta dos meses em que o salário for corrigido abaixo da inflação.

Os patrões querem mandar a fatura para os trabalhadores. Em suas contas, a reposição integral da inflação, mesmo que em parcelas, recomporia a base salarial sobre a qual seria aplicado o reajuste da próxima data base, em março de 2017. Dessa maneira, a perda não seria eternizada.

O Sinpro Santos não aceita e defende que essa diferença precisa ser paga aos professores em algum momento. Na educação básica, por exemplo, o Sieeesp propôs um acordo por dois anos, com parcelamento do reajuste não só em 2016, mas também em 2017.

Esse foi um dos principais motivos que levaram a assembleia de 30/04 a seguir a orientação da diretoria do Sinpro Santos e rejeitar todas as propostas patronais.

Sesi/Senai

Junto com a Federação dos Professores e outros sindicatos do Estado que representam quase 80% dos professores do Sesi e do Senai no Estado, decidiu recorrer à Justiça do Trabalho. As negociações foram suspensas em abril, diante da conduta inflexível da Fiesp. Dinheiro, só pra pagar a campanha do pato e financiar o impeachment.

Fonte: Sinpro SP