23/11/2020

Por Fábio Takahashi

‘A ideia de aumentar a presença de estudantes negros nas escolas particulares de elite é um debate bem-vindo, desencadeado pelo movimento antirracista (grupo formado por famílias de colégios particulares). Hoje, não brancos estão praticamente fora desse círculo educacional que forma boa parte da elite econômica, intelectual e política do país.

Mas essa ideia de migração para o sistema privado carrega um efeito colateral, que precisa também ser encarado: como fica a escola pública nisso? Esse aluno negro que pode vir a ser atendido num colégio privado está hoje no sistema público —que é onde estão cerca de 80% dos estudantes do país.

Alunos da escola pública que conseguem migrar para as particulares de elite, em geral por meio de bolsas, são os de melhor desempenho’.

Folha de S. Paulo: https://bit.ly/2Hr60Sa