17/02/2021

O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ, de camiseta amarela na foto) foi preso em flagrante ontem pela Polícia Federal. Na decisão que determinou a prisão, o ministro do Supremo Alexandre de Moraes enquadrou o bolsonarista por crimes contra a ordem democrática e a honra dos juízes do tribunal. / estadão

Vídeo – A ordem foi expedida após Silveira divulgar um vídeo ofendendo os ministros do Supremo, defendendo a sua destituição e afirmando que já imaginou-os “levando uma surra”. Também fez apologia à ditadura militar, dizendo que o AI-5 foi uma “depuração”, com “um recadinho muito claro: se fizer besteirinha, a gente volta”.  / folha

Imunidade – O parlamentar é investigado pelo Supremo nos inquéritos dos atos antidemocráticos e das fakes news, e foi preso no âmbito deste último. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, foi oficiado. Cabe agora à Casa decidir se a prisão deve ser mantida ou não, já que Silveira tem imunidade parlamentar. / jota

Reação – O deputado divulgou o vídeo nas redes sociais após o ministro Edson Fachin reagir às revelações de que o ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas discutiu com o Alto Comando da Força a ameaça que o militar havia feito ao Supremo em 2018, via Twitter, às vésperas do julgamento que selou a prisão de Lula. / o globo

Ironia – Antes, Villas Bôas tinha ironizado o ministro do Supremo. O general da reserva escreveu a frase “três anos depois” no Twitter, referindo-se à reação tardia. Depois de Fachin, foi a vez de Gilmar Mendes reagir. À época do julgamento, só Celso de Mello se pronunciou sobre a ameaça militar. / poder360

Nexo; 17/02