Por Fernando Cássio: “Depois do arroubo de sinceridade do ministro da educação Milton Ribeiro, que afirmou que a “universidade deveria ser para poucos”, as redes sociais ficaram em polvorosa. A declaração do ministro foi quase generalizadamente repudiada. Quase. Entre os elaboradores e promotores do NEM nas redes estaduais, o que vimos, quando não silêncio, foi a tentativa explícita de se desvencilhar da posição elitista de Ribeiro.
O erro de Milton Ribeiro foi ter traduzido em português claro a concepção de todos os que já trabalham para implementar o NEM [os itinerários formativos de Linguagens, Matemática, Ciências Naturais, Ciências Humanas e profissionalizantes previstos na Lei 13.415/2017 (produto final da MP 746/2016)] nas redes estaduais. Ele não está sozinho. Só está carente de um pouco do verniz que as fundações e institutos empresariais com seu linguajar floreado sobre “equidade” e o “resgate da possibilidade de sonhar”, oferecem.
Carta Capital; 24/08
https://bit.ly/3DionAX