Educação é, mais do que nunca, reflexão. Os alunos deste século precisam ser avaliados pela capacidade de debater, de relacionar informações de diversas fontes (sabendo se são confiáveis), de formar novas opiniões, de criticar, de ouvir, de colaborar, de criar. Claro que a “mágica” feita pelo ChatGPT impressiona. Os conteúdos, que antes eram privilégio de poucos, são organizados em textos aparentemente bem embasados. É possível pedir redações, resolução de provas, cálculos. Até questões do Enem foram respondidas corretamente.
A vida escolar com a nova invenção torna mais imprescindível a educação midiática, cujo objetivo é ensinar uma análise crítica das informações nos diversos meios. O campo de aprendizagem faz parte da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que define no Brasil o que deve estar nas escolas, mas os professores ainda não são formados para isso. Não há política pública preocupada com o assunto. E os próprios docentes são muitas vezes também vítimas de fake news, desinformação, discursos de ódio.
Por Renata Cafardo, em Estadão 12/02 https://bit.ly/3XlCBd2