27/03/2017

PUBLICADO ORIGINALMENTE PELO SINPRO SP

Professores do ensino superior e do Sesi e Senai participaram , dia 25/05, de assembleia para deliberação sobre as contrapropostas patronais e os rumos da Campanha Salarial 2017.

Na primeira parte da assembleia, foi discutida a ofensiva contra os trabalhadores, com a reforma previdenciária e trabalhista e o projeto de terceirização (PL 4.302), aprovado dia 22/03.

Professores do ensino superior rejeitam contraproposta patronal

A assembleia dos professores do ensino superior votou contra a proposta apresentada pelo Semesp, sindicato que representa os mantenedores.

A proposta previa assinatura da convenção coletiva por um ano, reajuste de 4,53%. Os representantes patronais também recusaram a definição de piso salarial para a categoria, uma das principais reivindicações. Também não houve acordo para a regulação da atividade dos tutores no EaD.

Uma das principais reivindicações da categoria era a assinatura da Convenção por dois anos. A manutenção dos direitos coletivos até fevereiro de 2019 tornou-se ainda mais importante diante dos ataques que a legislação trabalhista vem sofrendo.

Os professores e demais trabalhadores do ensino superior tendem a ser os mais prejudicados pela terceirização e pela reforma trabalhista, que prevê a flexibilização da CLT.

No Sesi e Senai, assembleia aprova acordo por dois anos

Os professores e técnicos de ensino do Sesi e Senai decidiram aceitar a contraproposta patronal que prevê manutenção das cláusulas sociais por dois anos, reajuste salarial de 4,2% e reajuste nos vales alimentação e refeição de 7%.

Na data base de 2018, serão negociadas apenas seis cláusulas: as de impacto econômico – reajuste salarial, novos valores dos vales refeição e alimentação e complementação do auxílio-doença -, estabilidade a 24 meses da aposentadoria e a indenização adicional de 15 dias NE demissão sem justa causa aos professores com 50 anos de idade ou mais.

Pesou na decisão dos professores a possibilidade de garantir os direitos coletivos até fevereiro de 2019 numa conjuntura de precarização das relações de trabalho.

Cláusulas como garantia semestral de salários, recesso, férias coletivas, hora-atividade, são direitos cada vez mais importantes que protegem a categoria contra a desregulamentação da CLT.

 

EDUCAÇÃO SUPERIOR - COMUNICADO ASSEMBLEIA 25-03