Em outra rodada de negociação com o Sindicato das Mantenedoras do Ensino Superior (Semesp), na última quinta-feira (23/04), os representantes patronais ofereceram uma nova proposta de reajuste salarial para os professores e auxiliares de administração escolar de 5% a partir de março.
Mais uma vez, a Fepesp e os sindicatos recusaram a proposição, e só irão negociar quando o índice chegar, pelo menos, à reposição efetiva da inflação acumulada no período (de 7,41%).
O Semesp quer empurrar 5% de reajuste de março a julho. Depois, seria 7,41% a partir de agosto e, para “restituir” a defasagem do primeiro semestre, um abono de 12% em agosto.
As mantenedoras alegam crise financeira devido às mudanças nas regras, desde o dia 30 de março deste ano, para a concessão de novas bolsas de estudo via Fies (Fundo de Financiamento Estuantil). Entretanto, essa desculpa não cola porque os ganhos das escolas com esse financiamento estão garantidos com a renovação dos contratos já em andamento.
Em outras palavras, o eixo dos patrões também está mantido: cliente cativo e receita certa.