Publicado originalmente pela FEPESP
A Campanha Salarial 2017 de professores e auxiliares da Educação Superior privada em São Paulo avançou, hoje, em nova rodada de negociação: o acordo de dois anos faz sentido e continuamos reforçando a ideia de sua importância para a tranquilidade do professor e do auxiliar de ensino em tempos turbulentos – e também para as instituições, que podem se programar com maior grau de certeza.
Conseguimos afastar o risco de alteração de várias cláusulas sociais.
As ‘reivindicações’ patronais se resumem a restringir as bolsas de estudo e a modificar o plano de saúde. As instituições querem modificar o seu plano de saúde e introduzir a ideia de se criar a cobrança de coparticipação em exames e outros procedimentos médicos. Mesmo assim, ainda não apresentaram uma proposta concreta e acabada para isso. Nas bolsas de estudo, os patrões querem limitar o seu acesso. Nos cursos regulados (Odontologia, Direito, Psicologia e Medicina) falam em restringir as bolsas a 5% dos assentos preenchidos – mas, e se para uma turma planejada de cem assentos, digamos, apenas 90 tenham sido preenchidos? Porque não oferecer os outros dez assentos remanescentes (que representam mais do que os 5% que eles querem) aos docentes e auxiliares? O custo do ensino é o mesmo!
A nossa reivindicação é pela manutenção de nossas cláusulas sociais em um acordo de dois anos e por reajuste que proteja nosso salário contra a inflação agora e que traga aumento real no ano que vem.
Pelos Professores, os sindicatos defendem ainda o piso salarial da categoria e a regulamentação do Ensino a Distância. O tutor, por exemplo, não pode ser um auxiliar técnico. O tutor exerce atividade docente, como define o próprio Ministério da Educação. E, pelos Auxiliares de Administração Escolar, os sindicatos defendem o estabelecimento de jornada de trabalho de 40 horas, o direito ao recesso corrido no final do ano, além da ampliação de benefícios como a cesta básica e o Vale Refeição.
Tudo isso foi decidido em nossa assembleia, e tudo isso está sendo defendido com seu apoio nas negociações. Olho vivo: nossa campanha é em legítima defesa de nossos direitos!