O Brasil se aproxima de cumprir uma meta de alfabetização estabelecida pelo PNE (Plano Nacional de Educação), mas com quatro anos de atraso. Em 2019, a taxa de brasileiros com 15 anos ou mais que não sabia ler ou escrever um bilhete simples ficou em 6,6% —percentual que fica próximo dos 6,5% que deveriam ter sido cumpridos em 2015, mas que ainda não chega a esse objetivo.
Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) Contínua Educação 2019, divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo a pesquisa, o país ainda tem 11 milhões de analfabetos, apesar de pouco mais de 200 mil pessoas terem deixado essa estatística de 2018 para 2019.
“Estamos muito próximos da meta [do PNE], só que era para ela ter sido alcançada em 2015. Chegamos em 2019 com 0,1 ponto percentual abaixo desse alvo”, diz Adriana Beringuy, pesquisadora do IBGE.
Em meio a esse atraso, o Brasil tem um desafio ainda maior à frente: a erradicação do analfabetismo, prevista pelo PNE para acontecer até 2024 —isto é, daqui a outros quatro anos. Para isso, no entanto, será preciso enfrentar uma série de desigualdades etárias, raciais e regionais.