26/10/2022

G1, 24/10
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Peter Lanzani e Alejandra Flechner têm muito a dizer sobre o tema do filme “Argentina, 1985”, exibido durante o Festival do Rio, no dia 12 de junho. O longa argentino estrelado por eles vai disputar uma das cinco vagas para concorrer ao Oscar 2023 de Melhor Filme Internacional.

A produção dirigida por Santiago Mitre mostra a história real dos promotores Julio Strassera (Ricardo Darín, de “Relatos Selvagens”) e Luis Moreno Ocampo (Lanzani). Eles chefiaram a investigação para levar militares à justiça por crimes cometidos durante a ditadura na Argentina.

Para Alejandra, que interpreta a esposa de Strassera, é importante voltar ao período histórico mostrado no filme. A atriz era adolescente na época do julgamento e afirmou que o processo foi necessário para que os argentinos soubessem o que tinha ocorrido no país.

“Algumas pessoas podiam e não queriam ver, mas outras não viram porque tudo aconteceu de uma forma muito armada, monstruosamente armada”, conta Alejandra.

Heróis sem capa – Os atores também acreditam que “Argentina, 1985” é relevante não só para o Brasil, mas também para outros países latino-americanos por mostrar a punição dos militares torturadores.

Peter Lanzarini destacou o fato de que o longa fala dos excessos cometidos na ditadura e ressaltou a luta do seu personagem e o de Darín para levar justiça às vítimas. “É um filme que mostra heróis numa época de filmes de super-heróis. Mas heróis sem capas, heróis com coragem. É um filme que desperta e isso me parece muito necessário neste momento”, afirma o ator.

Questões familiares também foram levadas em conta por Peter Lanzani em relação a seu personagem, já que Luis Moreno Ocampo vinha de uma família militar e teve que se opor a seus parentes para conseguir fazer justiça.

Trabalhar com um ‘gênio’ – Os atores argentinos também não pouparam elogios a Ricardo Darín, o protagonista de “Argentina, 1985”. Peter Lanzani disse que foi uma experiência impressionante dividir a cena com uma pessoa que ele chamou de “gênio”.

Visto no cultuado “O clã”, Lanzani ressaltou que trabalhar com Darín foi uma experiência incrível. “Felizmente, levo comigo um amigo e uma pessoa com quem aprendi muito, não só profissionalmente, mas humanamente, o que, no fundo, é o mais importante”, afirma Lanzani.

Alejandra Flechner lembrou que já conhecia Darín por ter trabalhado com ele em “Samy y yo”, de 2002. Ela considera que o colega, além de um grande ator, uma pessoa bastante humilde. “Ele gostava muito dos detalhes. Para mim ele é um grande ator e uma grande pessoa, ou seja, é realmente um prazer trabalhar com ele. É lindo e não posso acrescentar muito mais do que isso.”