O termo “inclusivismo“, mencionado mais de uma vez pelo ministro Milton Ribeiro, não é usado em discussões acadêmicas ou em políticas públicas da área de educação, segundo especialistas.
Quatro teóricos ouvidos pelo G1 afirmam que a expressão provavelmente foi “inventada” pelo ministro para criticar a matrícula de crianças com deficiência em escolas comuns. Para Maria Teresa Eglér Mantoan, doutora em educação e coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença da Unicamp, “inclusivismo” seria “uma criação imprópria para significar uma inclusão impingida [forçada]”.
O termo não consta na versão mais atualizada do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), de 2021, nem nos principais dicionários: “Michaelis”, “Houaiss” e “Aurélio”.
É uma expressão nova que existe, a princípio, apenas na teologia – exatamente a área de formação do ministro Ribeiro – para representar uma ideia sem ligação com o debate educacional.
G1; 24/08
https://glo.bo/3mwDXD7