17/05/2021

Apadrinhado por políticos da bancada ruralista, grupo de mães faz campanha no estilo Escola sem Partido, para interferir no currículo das escolas públicas e particulares do país; fundadoras têm apoio dos ministros Tereza Cristina, Milton Ribeiro e Ricardo Salles.

Um grupo de mulheres ligadas ao agronegócio, que se autointitulam “mães do agro”, encabeça uma campanha para interferir no currículo e fiscalizar o conteúdo dos materiais didáticos de escolas públicas e particulares do Brasil, suprimindo as críticas ao setor. O movimento foi batizado de “De Olho No Material Escolar” e, apesar do nome, vai na contramão de tudo o que defende este observatório.

Elas contam com o apoio de ministros do governo Bolsonaro e de políticos da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). A forma de ação se parece ao que ocorre com o “Escola sem Partido”, movimento que diz combater a “doutrinação político-ideológica”, mas que, na prática, busca cercear as discussões sobre gênero, sexualidade e respeito à diversidade em sala de aula. Assim, as integrantes sugerem que os educandos façam vídeos, fotos ou registros dos materiais utilizados, de forma a comprovar os “problemas”.

De olho nos ruralistas; 06/05
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