29/04/2021
A proporção de jovens que nem estudam nem trabalham atingiu no último trimestre de 2020 o maior valor em oito anos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo levantamento da pesquisadora Thais Barcellos, da consultoria IDados.

A fatia chegou a 25,5% dos  jovens de 15 a 29 anos, 4,4 pontos percentuais a mais que em 2012. No quarto trimestre de 2019, era de 23,7%. Ao longo de 2020, a proporção dos chamados “nem-nem” chegou a quase 30%, diante das dificuldades impostas pela pandemia, que fechou postos de trabalho e dificultou o acesso dos jovens à escola.

Nos últimos anos, o aumento no indicador tem sido puxado por jovens que não estão trabalhando, enquanto o percentual de jovens fora da escola – que sempre foi bem alto – se manteve quase estável, com pequenas oscilações para cima e para baixo.

Na pandemia, observa a pesquisadora, essa tendência de aumento dos sem trabalho foi reforçada. Já o percentual dos que estão fora da escola cresceu ao longo de 2020, para recuar no fim do ano.

Valor Econômico; 29/04
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