20/10/2020

Por Gonzalo Vecina, fundador e ex-presidente da Anvisa, professor da Eaesp/FGV e Faculdade de Saúde Pública da USP: “Em todo o Brasil, nós sociedade, temos que fazer o que nos cabe – vigiar nossos representantes eleitos. Assim o prioritário é acompanhar a luta pela manutenção das condições de financiamento do SUS nas três esferas de poder. Mas não só. Temos que caminhar na reforma administrativa para conseguir aumentar a eficiência da gestão publica e conseguir construir propostas que consigam resolver melhor do que hoje os desastres que são a regulação de acesso em todo o território nacional, bem como o arranjo assistencial na atenção primaria e a confusão sobre a questão da assistência medica de urgência, o funcionamento das UPAS e o necessário atendimento à demanda assistencial por parte da população.

Os novos governos municipais têm que ser indagados de como irão propor a retomada da importância da estratégia da saúde da família levando a cobertura do programa a cerca de 80% da população. E temos que retomar as ações prioritárias dos municípios em relação às coberturas vacinais.

Mas sobretudo temos que cobrar dos novos prefeitos que busquem os governadores para conseguir repactuar o modelo de regulação de acesso – a organização do que foi chamado durante a epidemia de FILA ÚNICA. A solução não é simples, mas tem que ser enfrentada. Na mesma linha está a melhoria da condição de uso da tecnologia da informação na atenção primária e também no controle das parcerias com o setor privado para garantir suas entregas contratadas”.

Estadão https://bit.ly/3kh6k42