Publicado originalmente pelo Sinpro SP
A comissão de representantes patronais propuseram a retirada da cláusula da Convenção Coletiva que garante plano de saúde a professores e trabalhadores não docentes do ensino superior. A proposta foi feita na rodada de negociação realizada na segunda-feira, 19.
Os patrões podem alegar qualquer coisa, menos dificuldades financeiras para justificar essa proposta vergonhosa. O ensino superior privado no Brasil , e em particular em São Paulo, continua em expansão,beneficiado por recursos públicos abundantes, isenções tributárias e a pouca oferta de vagas no ensino público.
Como se isso não bastasse, as mantenedoras têm promovido reestruturações internas para reduzir os custos da folha de pagamento. As recentes demissões em massa comprovam que o objetivo é ampliar as margens de lucro às custas dos trabalhadores.
A proposta de excluir da Convenção Coletiva o plano de saúde também visa o enxugamento de custos com direção de direitos, mas atende ainda a um outro objetivo: o de adequar a Convenção aos princípios gerais da reforma trabalhista – contratação precária, superexploração do trabalho e retirada de direitos.
Resistência e mobilização
A maior parte da Convenção Coletiva tem validade até fevereiro de 2019.Por isso, nesta campanha salarial, ameaça está reservada para as poucas cláusulas que precisam ser renegociadas – plano de saúde, bolsa de estudo em cursos de medicina, odontologia, psicologia e direito, indenização adicional para professores com mais de 50 anos e creche.
A luta em defesa do plano de saúde vai além da preservação desse direito. Ela representa a resistência contra a reforma trabalhista, cujas consequências lesivas ainda estão por vir.
Um acordo garantiu a vigência da cláusula de plano de saúde até o final de março. Este é o prazo que temos para concentrar os esforços na defesa dessa importante conquista.
Uma assembleia deve ser marcada brevemente em todo o Estado. Até lá, mantenha contato com o Sindicato, discuta com os seus colegas, permaneça informado e divulgue as notícias.