O presidente da federação dos Professores de São Paulo, Celso Napolitano, afirmou hoje ser ‘inaceitável’ que governos locais cedam à pressão de escolas particulares pela volta às aulas, enquanto ainda estejam aumentando o número de casos de covid-19.
Celso Napolitano criticou a pressão pela volta às aulas apressada em conferência ‘live’ promovida pelo presidente licenciada da central Intersindical no início da tarde desta segunda-feira, 18/08.
“É inacreditável que governos municipais cedam à pressão do comércio para a abertura de lojas, enquanto as pessoas ainda estejam ficando doentes. Mas, nas lojas, vai quem quer, enquanto nas escolas a presença é compulsória”, disse Napolitano na live. “É inaceitável que o governo do Estado, a Prefeitura, aceite essa pressão indevida”.
A integra da Live com Celso Napolitano está aqui: https://www.facebook.com/311672245543293/posts/3514228328620986/
Celso Napolitano comentou que, apesar de haver adiado uma data tentativa de volta às aulas para outubro, o governo do Estado de São Paulo pensa permitir a reabertura de escolas para aulas de reforço em 8 de setembro, mesmo que o número de casos de contaminação por coronavírus não se reduza para um patamar seguro. “Reforço ou não reforço, aula é aula”, e professores, alunos, pessoal administrativo e toda comunidade escolar estará exposta, disse.
Na sua intervenção, Napolitano ainda lembrou que, na semana passada, o Ministério Público do Trabalho promoveu mediação que deu início à negociação de protocolos, entre a Fepesp e os representantes de escolas da Educação Básica, para que a volta às aulas, se houver, seja realizada com padrões muito rígidos – e recomendou aos professores que, se houver chamado para comparecer à escola para receber alunos que procurem imediatamente o Sindicato para denunciar pressão indevida.