10/08/2022

O racismo infelizmente ainda é algo muito presente nos tempos atuais, mesmo depois de tantos anos após o fim da escravidão, ser negro não é uma tarefa fácil, mesmo no século XXI. Algumas pessoas insistem em discriminar pelo tom da pele, julgar e ofender – a troco de nada-, alimentando uma atitude criminosa, pois segundo o Código Penal, injúria racial é crime. Ninguém nasce racista, aqueles que o fazem aprendem estes comportamentos – vergonhosos – no seu ciclo social e replicam achando ser “normal”, por isso, é preciso a conscientização para que se formem cidadãos antirracistas.

O período escolar é de extrema importância para o desenvolvimento social e global das crianças e adolescentes, e neste cenário o racismo – infelizmente- se faz presente também.  Ao longo da história diversas produções cinematográficas bordam este tema , que por sinal são excelentes ferramentas educativas nos dias de hoje, para conscientizar e promover a formação de cidadãos antirracistas.

Filmes que discutem o racismo na educação

Escritores da Liberdade, Richard LaGravenese – 2007 (comédia dramática): “Em Escritores da Liberdade, uma jovem e idealista professora chega a uma escola de um bairro pobre, que está corrompida pela agressividade e violência. Os alunos se mostram rebeldes e sem vontade de aprender, e há entre eles uma constante tensão racial. Assim, para fazer com que os alunos aprendam e também falem mais de suas complicadas vidas, a professora Gruwell (Hilary Swank) lança mão de métodos diferentes de ensino. Aos poucos, os alunos vão retomando a confiança em si mesmos, aceitando mais o conhecimento, e reconhecendo valores como a tolerância e o respeito ao próximo”.

Vista a minha pele, Joel Zito Araújo & Dandara – 2003 (comédia): “Trata-se de uma paródia da realidade brasileira, para servir de material básico para discussão sobre racismo e preconceito em sala de aula. Nessa história invertida, onde os negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados. Os países pobres são, por exemplo, Alemanha e Inglaterra, e os países ricos são, como, África do Sul e Moçambique”.

Ao mestre com carinho, James Clavell – 1967 (drama): “Mark Thackeray (Sidney Poitier) é engenheiro, mas ficou desempregado e resolveu dar aulas em Londres. Ele começa a ensinar alunos majoritariamente brancos em uma escola no bairro operário de East End. Thackeray se depara então com adolescentes indisciplinados e desordeiros, e que estão determinados a destruir suas aulas. Só que o engenheiro, acostumado com hostilidades, não se amedronta e enfrenta o desafio de ensinar uma turma de baderneiros. Ao receber um convite para voltar a atuar como engenheiro, ele tem que decidir se pretende seguir como mestre ou voltar ao antigo cargo”.

Entre os muros da escola, Laurent Cantet – 2008 (drama): “François Marin (François Bégaudeau) trabalha como professor de língua francesa em uma escola de ensino médio, localizada na periferia de Paris. Ele e seus colegas de ensino buscam apoio mútuo na difícil tarefa de fazer com que os alunos aprendam algo ao longo do ano letivo. François busca estimular seus alunos, mas o descaso e a falta de educação são grandes complicadores”.

Preciosa – Uma história de esperança, Lee Daniels – 2009 (drama): “1987, Nova York, bairro do Harlem. Claireece “Preciosa” Jones (Gabourey Sidibe) é uma adolescente de 16 anos que sofre uma série de privações durante sua juventude. Violentada pelo pai (Rodney Jackson) e abusada pela mãe (Mo’Nique), ela cresce irritada e sem qualquer tipo de amor. O fato de ser pobre e gorda também não a ajuda nem um pouco. Além disto, Preciosa tem um filho apelidado de “Mongo”, por ser portador de síndrome de Down, que está sob os cuidados da avó. Quando engravida pela segunda vez, Preciosa é suspensa da escola. A sra. Lichtenstein (Nealla Gordon) consegue para ela uma escola alternativa, que possa ajudá-la a melhor lidar com sua vida. Lá Preciosa encontra um meio de fugir de sua existência traumática, se refugiando em sua imaginação”.

Sarafina – o som da liberdade, Darrell Roodt – 1992 (comédia musical, drama, musical): “Durante os anos 1970, na África do Sul, acontece o Apartheid. Nesse contexto, uma jovem estudante negra chamada Sarafina (Leleti Khumalo) é mais interessada em garotos do que em direitos civis. Só que quando sua brilhante professora Mary Masembuko (Whoopi Goldberg) ensina aos alunos sobre a opressão sofrida pelos africanos negros, Sarafina adquire uma consciência política sobre a sua realidade. Ao lado de seus colegas, ela organiza um levante, com direito a números musicais, para abrir os olhos dos demais em relação às restrições impostas pelo governo”.

EducaBrasil; 09/08
https://bit.ly/3A7sKPD