Nesta entrevista exclusiva, Luiz Carlos Freitas trata da política educacional brasileira dos últimos 20 anos e aponta os caminhos necessários para a educação ter um futuro promissor. Por César Fraga.
Extra Classe – Quais os principais efeitos do governo Bolsonaro na educação Brasileira?
Luiz Carlos de Freitas – O governo Bolsonaro é um governo híbrido, um bloco de forças políticas que se aliaram com vistas a afastar a esquerda do poder e abrir espaço para a realização dos projetos que cada uma dessas forças políticas carregam. Destacam-se na aliança duas grandes frentes: a conservadora e a liberal. Além disso, há um conjunto de instituições (religiosas, poder judiciário, mídia e militares) que dão suporte ao governo e até mesmo grupos menores, como neofascistas e intervencionistas, que se associam a ele. Mas são estas duas grandes frentes (liberal e conservadora), em termos de filosofia social, que têm atingido mais a política educacional.A fala de Costa corrobora os resultados da Global Learner Survey, divulgada recentemente pela multinacional de educação. A pesquisa ouviu 7 mil estudantes com mais de 16 anos em sete países e mostrou que 90% acreditam que não só o ensino superior como o fundamental e o médio irão se valer de metodologias de ensino a distância.
EC – Como isso impacta no trabalho do professor?
Freitas – A generalização destas plataformas trará também impacto na profissão de professor que tenderá a se transformar em um apêndice de um “pódio digital” em sala de aula, convertendo-se o professor em um mero assistente presencial, ou então, em um “professor uber” contratado por hora para apoiar o atendimento a dúvidas de estudantes no caso “on line”. Isso deverá, é claro, variar em seu formado dependendo do custo que se queira pagar.
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